É denominado Diáspora Africana também conhecido como Diáspora Negra, o fenômeno sociocultural e histórico que aconteceu nos países africanos devido a imigração forçada da população africana a países que tinham como características a existência da mão de obra escrava. Isso se deu no inicio da Idade Moderna e teve uma grande duração até o final do século XVIII.
Muitos desses negros, ou na verdade a maioria deles, quando chegavam no território em que seria feitos de escravos, estavam completamente destituídos de suas identidades. Muitas vezes os senhores não sabiam que seus escravos eram da mesma região, eram conhecidos, e muitas vezes parentes, mesmo que distantes. Os africanos tem algo na cultura deles que os fazem considerar familiares mesmo que seja muitos distante o grau de parentesco. Isso tudo favorecia a união desses negros e possivelmente a rebeliões que ocorriam contra a forma que viviam.
O termo foi criado por historiadores, movimentos civis e descendência de ex-escravos recentes. Tanto quanto a existência prática do fenômeno propriamente dito era logo evidenciada graças aos períodos da luta da esquerda norte-americana pelo direito das minorias demográficas e sociais, da queda do apartheid político na África do Sul, das ações afirmativas de caráter compensatório e de novas tendências que iam do "Black is Beautiful" a até o consegrar de atletas, personalidades da mídia e artistas de pele morena ou preta no grande público.
Hoje os países que possuem a maior quantidade de negros está localizado na América do Norte, devido a mão de obra escrava que era utilizada nas plantações de açúcar principalmente no Caribe.
Fonte: http://www.infoescola.com/historia/diaspora-africana/
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
O Reino do Congo
O Reino do Congo
Durante seu processo de expansão marítimo-comercial, os portugueses abriram contato com as várias culturas que já se mostravam consolidadas pelo litoral e outras partes do interior do continente africano. Em 1483, momento em que o navegador lusitano Diogo Cão alcançou a foz do rio Zaire, foi encontrado um governo monárquico fortemente estruturado conhecido como Congo.
Fundado por volta do século XIV, esse Estado centralizado dominava a parcela centro-ocidental da África. Nessa região se encontrava um amplo número de províncias onde vários grupos da etnia banto, principalmente os bakongo, ocupavam os territórios. Apesar da feição centralizada, o reino do Congo contava com a presença de administradores locais provenientes de antigas famílias ou escolhidos pela própria autoridade monárquica.
Apesar da existência destas subdivisões na configuração política do Congo, o rei, conhecido como manicongo, tinha o direito de receber o tributo proveniente de cada uma das províncias dominadas. A principal cidade do reino era Mbanza, onde aconteciam as mais importantes decisões políticas de todo o reinado. Foi nesse mesmo local onde os portugueses entraram em contato com essa diversificada civilização africana.
A principal atividade econômica dos congoleses envolvia a prática de um desenvolvido comércio onde predominava a compra e venda de sal, metais, tecidos e produtos de origem animal. A prática comercial poderia ser feita através do escambo (trocas) ou com a adoção do nzimbu, uma espécie de concha somente encontrada na região de Luanda.
O contato dos portugueses com as autoridades políticas deste reino teve grande importância na articulação do tráfico de escravos. Uma expressiva parte dos escravos que trabalharam na exploração aurífera do século XVII, principalmente em Minas Gerais, era proveniente da região do Congo e de Angola. O intercâmbio cultural com os europeus acabou trazendo novas práticas que fortaleceram a autoridade monárquica no Congo.
Fundado por volta do século XIV, esse Estado centralizado dominava a parcela centro-ocidental da África. Nessa região se encontrava um amplo número de províncias onde vários grupos da etnia banto, principalmente os bakongo, ocupavam os territórios. Apesar da feição centralizada, o reino do Congo contava com a presença de administradores locais provenientes de antigas famílias ou escolhidos pela própria autoridade monárquica.
Apesar da existência destas subdivisões na configuração política do Congo, o rei, conhecido como manicongo, tinha o direito de receber o tributo proveniente de cada uma das províncias dominadas. A principal cidade do reino era Mbanza, onde aconteciam as mais importantes decisões políticas de todo o reinado. Foi nesse mesmo local onde os portugueses entraram em contato com essa diversificada civilização africana.
A principal atividade econômica dos congoleses envolvia a prática de um desenvolvido comércio onde predominava a compra e venda de sal, metais, tecidos e produtos de origem animal. A prática comercial poderia ser feita através do escambo (trocas) ou com a adoção do nzimbu, uma espécie de concha somente encontrada na região de Luanda.
O contato dos portugueses com as autoridades políticas deste reino teve grande importância na articulação do tráfico de escravos. Uma expressiva parte dos escravos que trabalharam na exploração aurífera do século XVII, principalmente em Minas Gerais, era proveniente da região do Congo e de Angola. O intercâmbio cultural com os europeus acabou trazendo novas práticas que fortaleceram a autoridade monárquica no Congo.
Fonte: http://www.mundoeducacao.com/historiageral/o-reino-congo.htm
O Imperio de Mali
O Império do Mali foi um Estado que existiu na África Ocidental no período de 1230 a 1600 aproximadamente. Também pode ser considerado uma etapa da história do atual Mali, embora as fronteiras do extinto Império do Mali compreendessem regiões onde hoje se encontram outros países da África. O Império do Mali foi descrito pelos viajantes árabes como um Estado rico e suntuoso durante o seu apogeu, e certamente foi um importante centro comercial. Os Mansas do Mali ampliaram seu domínio sobre outros reinos da África, constituindo amplas redes de poder.
A queda do Império do Mali está relacionada às lutas internas pela posse do trono, o crescimento do Império de Gao e os levantes dos reinos vassalos. Os Peules iniciaram um movimento de resistência liderados por Djadjé no começo do século XV, ao mesmo tempo em que povos do Tekrur se associaram aos estados volofos, e as províncias do leste eram anexados por Gao. Em 1490 o Gao já havia conquistado o Futa, o Toro, o Bundu e o Dyara. Nessa época, o Imperador do Mali tentou formar uma aliança com o rei João II de Portugal, mas as missões diplomáticas não chegaram à Europa. A investida das dinastias Askias de Gao fez com que o Mali se dissolvesse de vez, quando a capital do Mali foi ocupada em 1545. Em 1599 o domínio do Gao foi substituído pelo controle marroquino, e o Mansa Mahmud organizou uma nova resistência se aproveitando da situação, mas seus homens foram derrotados pelas armas de fogo dos marroquinos, marcando o fim do império do Mali.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_do_Mali
Origens:
Originários da região do rio Senegal e do Alto Níger, os grupos malinqués (malinqué significa "homem do Mali") vivendo nas cidades antigas de Kiri e Dakadyala eram liderados por chefes mágico-caçadores chamados de "simbon" (que significa mestre-caçador). O "simbon" era apenas um primus inter pares, ou seja, um primeiro entre iguais, e não detinha autoridade real sobre os outros membros da sociedade, mas o grande conselho (ghara) constituía um proto-Estado, que decidia sobre a guerra e os impostos. A sociedade era dividida em grandes unidades familiares, que viviam em campos comunitários chamados de Foroba. As famílias pagavam impostos para o Estado por meio de trabalhos nas terras do simbon. Durante o século XI esses povos sofreram a interferência cada vez maior do principado do Sosso, cujo príncipe havia tomado o título de mansa (Imperador) nessa época. Também no século XI, contudo, os líderes do Mali se converteram ao islamismo e iniciaram um processo de centralização política acentuado.Sociedade:
A sociedade foi dividida em trinta grandes clãs, alguns de artesãos, outros de guerreiros, outros de homens livres ("ton dyon"), etc. Existia escravidão e servidão no antigo Mali. Os casamentos eram regulados por casta , e os casamentos entre membros de castas diferentes eram proibidos. A guerra era conduzida após a reunião de camponeses-guerreiros, estes organizados em "kelé-bolon" (contingentes) controlados por um "kelé-tigui" (general-chefe). O Mali era um império agrícola. Os malinqués dominavam a cultura do algodão e do amendoim, introduzidas no país por Sundjata.Apogeu e Declínio:
O auge do Império de Mali foi após Sundjata Keita, onde governou seu filho Mansa Ulé. Mansa Ulé entregou o controle das províncias imperiais a diferentes generais, proporcionando a descentralização do reino. Um escravo do mansa Abubakar I, Sakura, foi entronizado como imperador e aumentou os domínios do Mali, fazendo com que mais reis se tornassem vassalos do imperador. Sakura foi assassinado após retornar de uma peregrinação. Abubakar II, o mansa que assumiu o governo em 1303, ficou célebre por conta de sua tentativa sem sucesso de expandir para o oeste enviando navios pelo oceano atlântico, na direção da América do Sul. O Mansa Musa, mansa de 1312 a 1332, foi um outro célebre rei malinqué que organizou uma grandiosa peregrinação com cerca de 60 mil servidores e cem camelos carregados de ouro, impressionando os líderes árabes da época. Este mansa foi responsável pela construção em Timbuktu da mesquita de Djinger-ber, pela expansão e afirmação do Islã no império e por estabilizar as relações diplomáticas do Mali com os reinos vizinhos. Seu reinado é considerado a Era Dourada da História do Mali. Durante o reino de Maghan, Timbuktu foi saqueada por povos estrangeiros. Mansa Suleiman recuperou a economia do Império e tentou restaurar a sua influência sobre a periferia, fazendo-se reconhecer em sua soberania sobre os Tuaregues. Os reinados de Mari Djata e Mussa II marcaram o início do período de decadência do Império.A queda do Império do Mali está relacionada às lutas internas pela posse do trono, o crescimento do Império de Gao e os levantes dos reinos vassalos. Os Peules iniciaram um movimento de resistência liderados por Djadjé no começo do século XV, ao mesmo tempo em que povos do Tekrur se associaram aos estados volofos, e as províncias do leste eram anexados por Gao. Em 1490 o Gao já havia conquistado o Futa, o Toro, o Bundu e o Dyara. Nessa época, o Imperador do Mali tentou formar uma aliança com o rei João II de Portugal, mas as missões diplomáticas não chegaram à Europa. A investida das dinastias Askias de Gao fez com que o Mali se dissolvesse de vez, quando a capital do Mali foi ocupada em 1545. Em 1599 o domínio do Gao foi substituído pelo controle marroquino, e o Mansa Mahmud organizou uma nova resistência se aproveitando da situação, mas seus homens foram derrotados pelas armas de fogo dos marroquinos, marcando o fim do império do Mali.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_do_Mali
O Império de Gana
O atual Gana, que antigamente se chamava Costa de Ouro, deve o seu nome moderno ao de um antigo império que dominava a África Ocidental durante a Idade Média. O velho Gana ficava a muitos quilômetros mais para norte do atual, entre o deserto do Saara e os rios Níger e Senegal.
O Gana foi provavelmente fundado durante a década de 300. Desde essa data até 770 os seus governantes constituíram a dinastia dos Magas, uma família berbere, apesar do povo ser constituído por negros das tribos Soninque. Em 770 os Magas foram derrubados pelos soninquês, e o império expandiu-se grandemente sob o domínio de Kaya Maghan Sisse, que foi rei cerca de 790.
Nessa altura o Gana começou a adquirir uma reputação de ser uma terra de ouro. Atingiu o máximo da sua glória durante os anos 900 e atraiu a atenção dos Árabes. Depois de muitos anos de luta, a dinastia dos Almorávidasberberes subiu ao poder, embora não o tenha conservado durante muito tempo. O império entrou em declínio e em 1240 foi destruído pelo povo de Mali.
Os soninquês habitavam a região ao sul do deserto do Saara. Este povo estava organizado em tribos que constituíam um grande império. Este império era comandado por reis conhecidos como caia-maga.
Viviam da criação de animais, da agricultura e da pesca. Habitavam uma região com grandes reservas de ouro. Extraíam o ouro para trocar por outros produtos com os povos do deserto (berberes). A região de Gana, tornou-se com o tempo, uma área de intenso comércio.
Os habitantes do império deviam pagar impostos para a nobreza, que era formada pelo caia-maga, seus parentes e amigos. Um exército poderoso fazia a proteção das terras e do comércio que era praticado na região. Além de pagar impostos, as aldeias deviam contribuir com soldados e lavradores, que trabalhavam nas terras da nobreza.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_do_Gana
Nelson Mandela - O líder
Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918 — Joanesburgo, 5 de dezembrode 2013) foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1993, e pai da moderna nação sul-africana, onde é normalmente referido como Madiba (nome do seu clã) ou Tata ('Pai').
Nascido numa família de nobreza tribal, numa pequena aldeia do interior onde possivelmente viria a ocupar cargo de chefia, recusou esse destino aos 23 anos ao seguir para a capital, Joanesburgo, e iniciar sua atuação política. Passando do interior rural para uma vida rebelde na faculdade, transformou-se em jovem advogado na capital e líder da resistência não-violenta da juventude, acabando como réu em um infame julgamento por traição. Foragido, tornou-se depois o prisioneiro mais famoso do mundo e, finalmente, o político mais galardoado em vida, responsável pela refundação do seu país, como uma sociedade multiétnica.
Mandela passou 27 anos na prisão - inicialmente em Robben Island e, mais tarde, nas prisões de Pollsmoor e Victor Verster. Depois de uma campanha internacional, ele foi libertado em 1990, quando recrudescia a guerra civil em seu país. Em dezembro de 2013, foi revelado pelo The New York Timesque a CIA americana foi a força decisiva para a prisão de Mandela em 1962, quando agentes americanos foram empregados para auxiliar as forças de segurança da África do Sul e para localizá-lo. Até 2009, ele havia dedicado 67 anos de sua vida à causa que defendeu como advogado dos direitos humanos e pela qual se tornou prisioneiro de um regime de segregação racial, até ser eleito o primeiro presidente da África do Sul livre. Em sua homenagem, a Organização das Nações Unidas instituiu o Dia Internacional Nelson Mandela no dia de seu nascimento, 18 de julho, como forma de valorizar em todo o mundo a luta pela liberdade, pela justiça e pela democracia.
Mandela foi uma figura controversa durante grande parte da sua vida. Denunciado como sendo um terrorista comunista por seus críticos,ele acabou ser aclamado internacionalmente por seu ativismo e recebeu mais de 250 prêmios e condecorações, incluindo o Nobel da Paz em 1993, Presidential Medal of Freedom dos Estados Unidos e a Ordem de Lenin da União Soviética. Seus críticos apontam seus traços egocêntricos e o fato de seu governo ter sido amigo de ditadores simpáticos ao Congresso Nacional Africano (CNA). Em sua vida privada, enfrentou dramas pessoais mas permaneceu fiel ao dever de conduzir seu país. Foi o mais poderoso símbolo da luta contra o regime segregacionista do Apartheid, sistema racista oficializado em 1948, e modelo mundial de resistência. No dizer de Ali Abdessalam Treki, Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, "um dos maiores líderes morais e políticos de nosso tempo".
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Nelson_Mandela
Apartheid na África do Sul
O termo apartheid se refere a uma política racial implantada na África do Sul. De acordo com esse regime, a minoria branca, os únicos com direito a voto, detinha todo poder político e econômico no país, enquanto à imensa maioria negra restava a obrigação de obedecer rigorosamente à legislação separatista.
A política de segregação racial foi oficializada em 1948, com a chegada do Novo Partido Nacional (NNP) ao poder. O apartheid não permitia o acesso dos negros às urnas e os proibia de adquirir terras na maior parte do país, obrigando-os a viver em zonas residenciais segregadas, uma espécie de confinamento geográfico. Casamentos e relações sexuais entre pessoas de diferentes etnias também eram proibidos.
A oposição ao apartheid teve início de forma mais intensa na década de 1950, quando o Congresso Nacional Africano (CNA), organização negra criada em 1912, lançou uma desobediência civil. Em 1960, a polícia matou 67 negros que participavam de uma manifestação. O Massacre de Sharpeville, como ficou conhecido, provocou protestos em diversas partes do mundo. Como consequência, a CNA foi declarada ilegal e seu líder, Nelson Mandela, foi preso em 1962 e condenado à prisão perpétua.
Com o fim do império português na África (1975) e a queda do governo de minoria branca na Rodésia, atual Zimbábue (1980), o domínio branco na África do Sul entrou em crise. Esses fatos intensificaram as manifestações populares contra o apartheid. A Organização das Nações Unidas (ONU) tentou dar fim à política praticada no país. O presidente Piter Botha promoveu reformas, mas manteve os principais aspectos do regime racista.
Com a posse de Frederick de Klerk na presidência, em 1989, ocorreram várias mudanças. Em 1990, Mandela foi libertado e o CNA recuperou a legalidade. Klerk revogou as leis raciais e iniciou o diálogo com o CNA. Sua política foi legitimada por um plebiscito só para brancos, em 1992, no qual 69% dos eleitores (brancos) votaram pelo fim do apartheid.
Klerk e Mandela ganharam o Prêmio Nobel da Paz em 1993. Em abril de 1994, Nelson Mandela foi eleito presidente da África do Sul nas primeiras eleições multirraciais do país.
O Parlamento aprovou a Lei de Direitos Sobre a Terra, restituindo propriedades às famílias negras atingidas pela lei de 1913, que destinou 87% do território à minoria branca.
As eleições parlamentares de 1999 foram vencidas pelo candidato indicado por Nelson Mandela, Thabo Mbeki, descartando qualquer tentativa de retorno a uma política segregacionista no país.
Fonte: http://www.infoescola.com/historia/apartheid/
A política de segregação racial foi oficializada em 1948, com a chegada do Novo Partido Nacional (NNP) ao poder. O apartheid não permitia o acesso dos negros às urnas e os proibia de adquirir terras na maior parte do país, obrigando-os a viver em zonas residenciais segregadas, uma espécie de confinamento geográfico. Casamentos e relações sexuais entre pessoas de diferentes etnias também eram proibidos.
A oposição ao apartheid teve início de forma mais intensa na década de 1950, quando o Congresso Nacional Africano (CNA), organização negra criada em 1912, lançou uma desobediência civil. Em 1960, a polícia matou 67 negros que participavam de uma manifestação. O Massacre de Sharpeville, como ficou conhecido, provocou protestos em diversas partes do mundo. Como consequência, a CNA foi declarada ilegal e seu líder, Nelson Mandela, foi preso em 1962 e condenado à prisão perpétua.
Com o fim do império português na África (1975) e a queda do governo de minoria branca na Rodésia, atual Zimbábue (1980), o domínio branco na África do Sul entrou em crise. Esses fatos intensificaram as manifestações populares contra o apartheid. A Organização das Nações Unidas (ONU) tentou dar fim à política praticada no país. O presidente Piter Botha promoveu reformas, mas manteve os principais aspectos do regime racista.
Com a posse de Frederick de Klerk na presidência, em 1989, ocorreram várias mudanças. Em 1990, Mandela foi libertado e o CNA recuperou a legalidade. Klerk revogou as leis raciais e iniciou o diálogo com o CNA. Sua política foi legitimada por um plebiscito só para brancos, em 1992, no qual 69% dos eleitores (brancos) votaram pelo fim do apartheid.
Klerk e Mandela ganharam o Prêmio Nobel da Paz em 1993. Em abril de 1994, Nelson Mandela foi eleito presidente da África do Sul nas primeiras eleições multirraciais do país.
O Parlamento aprovou a Lei de Direitos Sobre a Terra, restituindo propriedades às famílias negras atingidas pela lei de 1913, que destinou 87% do território à minoria branca.
As eleições parlamentares de 1999 foram vencidas pelo candidato indicado por Nelson Mandela, Thabo Mbeki, descartando qualquer tentativa de retorno a uma política segregacionista no país.
Fonte: http://www.infoescola.com/historia/apartheid/
domingo, 18 de outubro de 2015
Influencia Africana no Brasil
A cultura africana é extremamente diversificada e suas características retratam tanto a história do povo quanto a do continente – considerado o território habitado a mais tempo na Terra. Isso acontece porque os habitantes da África evoluíram em um ambiente cheio de contrastes e com várias dimensões. Culturalmente eles diferem muito entre si, falam um vasto número de línguas, praticam diferentes religiões, vivem em habitações diversificadas e se envolvem em inúmeras atividades econômicas. Tribos, grupos étnicos e sociais formam essa população de costumes, tradições, línguas e religiões específicas.
No Brasil, a cultura africana chegou através do tráfico negreiro que trouxe para o País povos da África na condição de escravos. Formados principalmente por bantos, nagôs, jejes, hauçás e malês os africanos tiveram sua cultura repreendida pelos colonizadores. Na colônia os escravos aprendiam o português, chegavam a ser batizados com nomes portugueses e obrigados a se converterem ao catolicismo. Mesmo assim foram eles que ajudaram a dar origem às religiões afro-brasileiras, difundidas atualmente em diversas regiões do País. As mais praticadas no Brasil são o candomblé e a umbanda.
Porém, a contribuição dos africanos na cultura brasileira não se limitou à religião. Dança, música, culinária e idioma receberam influências que prevalecem no Brasil até os dias de hoje. Na culinária regional, por exemplo, a herança africana é evidente, principalmente na Bahia. O dendezeiro, uma palmeira africana da qual se extrai o azeite de dendê, foi introduzido na região pelos escravos e é hoje utilizado em vários pratos de influência africana como o vatapá, o caruru e o acarajé. Já o idioma brasileiro ganhou novas palavras como batuque, moleque, benze, macumba e catinga.
A música também foi muito favorecida pela cultura africana, que contribuiu com os ritmos que são a base de boa parte da música popular brasileira. Um exemplo disso é o gênero musical lundu, que juntamente com outros gêneros deu origem à base rítmica do maxixe, samba, choro e bossa nova. Além da contribuição rítmica, também foram trazidos alguns instrumentos musicais como o berimbau, o afoxé e o agogô, todos de origem africana. O mais conhecido deles no Brasil é o berimbau, instrumento utilizado para criar o ritmo que acompanha os passos da capoeira. No folclore são de origem africana as danças de cateretê, jongo e o samba, e os instrumentos musicais atabaque, a cuíca e a marimba.
Informações sobre o Continente Africano:
- A África é o segundo continente mais populoso do mundo (fica atrás somente da Ásia). Possui, aproximadamente, 820 milhões de habitantes (estimativa 2011).
- É um continente basicamente agrário, pois cerca de 63% da população habitam o meio rural, enquanto somente 37 % moram em cidades.
- No geral, é um continente pobre e subdesenvolvido, apresentando baixos índices de desenvolvimento econômico. A renda per capita, por exemplo, é de, aproximadamente, US$ 850,00. O PIB (Produto Interno Bruto) corresponde a apenas 1% do PIB mundial. Grande parte dos países possui parques industriais pouco desenvolvidos, enquanto outros nem se quer são industrializados, vivendo basicamente da agricultura.
- O principal bloco econômico africano é o SADC (Southern Africa Development Community), formado por 15 países: África do Sul, Angola, Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagascar, Malaui, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Seychelles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.
- Além da agricultura, destaca-se a exploração de recursos minerais como, por exemplo, ouro e diamante. Esta exploração gera pouca renda para os países, pois é feita por empresas multinacionais estrangeiras, principalmente da Europa.
- Os países africanos que possuem um nível de desenvolvimento um pouco melhor do que a média do continente são: África do Sul, Egito, Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia.
- Os principais problemas africanos são: fome, epidemias (a AIDS é a principal) e os conflitos étnicos armados (alguns países vivem em processo de guerra civil).
- Os índices sociais africanos também não são bons. O analfabetismo, por exemplo, é de aproximadamente 40%.
- As religiões mais presentes no continente são: muçulmana (cerca de 40%) e católica romana (15%). Existem também seguidores de diversos cultos africanos.
- As línguas mais faladas no continente são: inglês, francês, árabe, português e as línguas africanas.
- A África possui uma fauna rica e diversificada. Os principais animais que vivem neste continente são: elefante africano, leão, zebra, rinoceronte, hipopótamo, leopardo, hiena, gorila, chacal, chipanzé, girafa e avestruz.
Fonte: http://www.suapesquisa.com/geografia/continente_africano.htm
Os Principais Pontos Turísticos da África do Sul
1- Parque Nacional Kruger
1- O Parque Nacional Kruger é a reserva de todo continente africano que detém o maior número de espécies de mamíferos, incluindo os chamados “cinco grandes”: O leão, o leopardo, o elefante, o rinoceronte e o búfalo. Além destes, você também encontrará outros animais, como belas e variadas aves, a veloz chita, a carniceira hiena, entre diversos outros. Considerado um dos mais importantes pontos turísticos da África do Sul, este parque oferece uma estrutura supercompleta que fará seu passeio muito mais confortável e divertido que em outras reservas da vida selvagem. Com certeza, quem visita o país precisa conhecer esta atração turística da África do Sul.
2- Cabo da Boa Esperança
O Cabo da Boa Esperança, de que tanta gente já ouviu falar, é uma península no sul do continente africano que foi contornada pela primeira vez em 1488, por Bartolomeu Dias. O lugar também é conhecido como "Cabo das Tormentas", devido à grande quantidade de tormentas e ventos presentes na região.
Ao conhecer o Cabo da Boa Esperança, é importante tomar cuidado com os babuínos, que podem ser agressivos e dar sustos nas pessoas. Eles aprenderam a abrir carros e a roubar bolsas, por exemplo, por isso evite o contato. Não caminhe pelo parque enquanto come, porque comida chama a atenção desses animais.
Para chegar ao lugar você pode contratar passeios com agências turísticas ou alugar um carro. Recomendamos fazer o passeio de um dia completo pela península e, assim, passar por vários pontos turísticos.
3- Sun City
Sun City é um luxuoso e extravagante resort situado no coração Bushveld sul-africano, província North-West, a 190 km de Johanesburgo e próximo ao Pilanesberg National Park.
É um complexo de entretenimento que inclui hotéis com cassino, passeio de balão e para-pente, observação de pássaros, safári, cinemas, shows e instalações para a prática de vários esportes. Pode ser entendido como um parque temático.
Um pouco sobre os seguintes aspectos...
- Principais Povos e Culturas Da África:
Mais adiante, no século XIII, surge o poderoso Reino do Kongo. Outros povos, como os Berberes (nômades do deserto do Saara) e os Bantos (região da Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões) também constituíram grandes grupos populacionais na África.
Por fim, os africanos começaram a ser colonizados pelos europeus a partir do século XV e, ao atingir o século XIX, já estavam totalmente sob domínio das metrópoles europeias até a segunda metade do século XX.
- .Religião:
Em termos religiosos, muitas religiões estão presentes na África, com destaque para o islamismo e cristianismo, bem como as religiões tradicionais, muitas vezes vistas como prática de magia e a feitiçaria.
Estas religiões tradicionais possuem, via de regra, um panteão e estão voltadas ao culto dos antepassados e das divindades da natureza. A forma mais conhecida destas religiões envolve o culto aos Orixás (divindades de origem Ioruba ou Nagô) e englobam uma ampla variedade de crenças e ritos.
Por outro lado, a vida material e espiritual nas religiões africanas, tendem a indistinção entre o sagrado e o profano, na medida em que estas dimensões são concebidas como indissociáveis e inseparáveis.
- Economia:
A África é o continente mais pobre do mundo, onde estão quase dois terços dos portadores do vírus HIV do planeta, a continuidade dos conflitos armados, o avanço de epidemias e o agravamento da miséria põem em causa o seu desenvolvimento. Algumas nações alcançaram relativa estabilidade política, como é o caso da África do Sul, que possui sozinha um quinto do PIB de toda a África.
Distinguindo-se pelas elevadas taxas de natalidade e de mortalidade e pela baixa expectativa de vida e abrigando uma população jovem, a África caracteriza-se pelo subdesenvolvimento. Aparecendo ao mesmo tempo como causa e consequência desse panorama, os setores econômicos em que os países africanos apresentam algum destaque constituem herança do seu passado colonial: o extrativismo e a agricultura - setores em que são baixos os investimentos e o custo da mão-de-obra cuja produção é destinada a abastecer o mercado externo.
- Cultura:
A cultura africana é caracterizada pela vasta diversidade de valores sociais, variando desde o patriarcado extremo até o matriarcado extremo, algumas vezes em tribos vizinhas. A cultura africana moderna é em grande parte constituída de respostas ao nacionalismo árabe e ao imperialismo europeu. Principalmente a partir dos anos 90 os africanos estão cada vez mais recuperando sua identidade cultural.
Grande parte das culturas africanas tradicionais foram empobrecidas como resultado de anos de negligência e supressão dos regimes coloniais. Existe agora um renascimento nas tentativas de redescobertas e valorização das culturas africanas tradicionais. Entretanto, em anos recentes, a cultura africana tradicional muitas vezes tem sido relacionada com a pobreza rural e agricultura de subsistência.
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
Esteriótipos
Imagine uma cidade moderna, com grandes edifícios espelhados. Situe este lugar no mapa-múndi. Certamente você deve ter imaginado uma metrópole localizada na Europa ou na América do Norte, mas, a cena proposta, trata-se de Johanesburgo, capital da África do Sul.
Fonte: http://www.fca.pucminas.br/omundo/africa-estereotipos-estagnantes/
Quando pensamos no continente africano, o que nos vem à mente se reduz a uma palavra: desolação. Se hoje em dia a África nos suscita o pessimismo, se ela está estigmatizada em nossas mentes como o lugar de miséria, em que abutres aguardam a morte de crianças para devorá-las, é, em boa parte, por responsabilidade da mídia.
A África é um continente em vias lentas de desenvolvimento, mas não é tão pobre, levando em conta que a pobreza deve ser entendida para além do aspecto econômico. Claro que o continente tem suas mazelas que não podem e não devem ser ocultadas. É verdade também que o continente sofre, até hoje, as consequências de uma exploração que se iniciou há mais de cinco séculos, com a colonização e, posteriormente, com o imperialismo.
Entretanto, não se deve generalizar um universo de mais de 54 países. Com riqueza cultural de valor incalculável e diversos recursos naturais, o que falta à África é investimento. E um investimento exógeno, ou seja, feito de fora para dentro. É preciso romper com o sistema econômico que há meio século – considerando suas mudanças ao longo desses anos -, que mantém o continente africano numa posição de submissão ao mercado externo.
É fundamental que empresários e investidores vejam no continente, um terreno fértil para o empreendedorismo, e não apenas uma região em que a riqueza natural é explorada com a "ajuda" da mão-de-obra barata existente na maioria dos países da região.
Quebrando alguns esteriótipos:
1. A África é um CONTINENTE e não um país.
2. Africano não é apenas negro.
3. A África não é só pobreza.
4. Nem todos os africanos vivem em tribos.
5. A África tem cultura, costumes e crenças.
Fonte: http://www.fca.pucminas.br/omundo/africa-estereotipos-estagnantes/
Um Pouco de sua História...
Um lugar distante, habitado por povos primitivos, sem história e sem conhecimento, vivendo em meio a pobreza, fome e doenças. O imaginário sobre o continente africano é muito diferente de sua realidade.
O continente africano é um território banhado pelo Oceano Atlântico, pelo Mar Mediterrâneo e pelo Oceano Índico, onde provavelmente surgiram os primeiros seres humanos. Os mais antigos fósseis de hominídeos foram encontrados na África e têm cerca de cinco milhões de anos. Esse tipo de hominídeo, que habitava o sul e o leste da África, há cerca de 1,5 milhão de anos evoluiu para formas mais avançadas: o Homo habilise o Homo erectus. O primeiro homem africano, o Homo sapiens, data de mais de 200.000 anos.
O Egito foi provavelmente o primeiro estado a constituir-se na África, há cerca de 5000 anos, mas muitos outros reinos ou cidades-estado foram sucedendo-se neste continente, ao longo dos séculos. Além disso, a África foi, desde a antiguidade, procurada por povos de outros continentes, que buscavam as suas riquezas como sal e ouro. A atual divisão territorial da África, no entanto, é muito recente e resultou da descolonização européia.
Nos anos 90, quase toda a África havia se tornado independente. Os jovens Estados africanos enfrentam vários problemas básicos, como o desenvolvimento econômico e social. A maioria dos países africanos são considerada parte do Terceiro Mundo.
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